sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Lixo Eletrônico

      Alguém aí já parou para imaginar para onde foram aquele computador velhinho, aquela TV super antiga, aquele mouse quebrado e tantos outros eletrônicos que já fizeram parte das nossas vidas? Sem falar nas pilhas e baterias que muitos deles precisavam pra funcionar. Será que descartamos corretamente? Será que foram reciclados?

    No mundo são descartados, por ano, cerca de 50 milhões de toneladas de eletrônicos (fonte). Preocupante, não? Ainda mais quando, a cada ano, mais aparelhos são lançados e mais nos fazem achar que os que nós temos se tornam incrivelmente obsoletos e sem graça diante desses mais novos que incluem duas ou três inovações, o que nos faz querer jogar tudo que a gente tem no lixo e comprar tudo de novo. 

      O mais engraçado é que conheço muitas pessoas que nem sabem usar todos os aplicativos do celular e, das pessoas que eu sei que sabem, a maioria nem usa tudo. Enfim, voltando ao tema principal...

      Um dos principais problemas decorrentes da presença desse lixo é a possibilidade de contaminação do solo, da água e, claro, dos seres vivos. O computador que você, provavelmente, está usando para ler este blog contém, em seus componentes, muitas substâncias tóxicas. Alguns dos ingredientes dos aparelhos elétricos são: chumbo, mercúrio, arsênico, cobre, bário, cromo, níquel, zinco, prata e ouro. E há também alguns produtos químicos utilizados para retardar chamas que podem ser prejudiciais a saúde. Não seria muito legal tudo isso vazando e contaminando o solo e a água, seria?



      Pesquisadores da Universidade de Dartmouth reuniram em uma lista os efeitos que algumas dessas toxinas podem fazer à saúde humana. Não estão aí todos os efeitos e nem todas as substancias presentes nos aparelhos. E não sabe-se exatamente o que pode ocorrer no caso de uma exposição prolongada a pequenas quantidades dessas substâncias.

  • Arsênico - pode causar problemas na comunicação entre células e interferir nos gatilhos que geram crescimento celular, possivelmente contribuindo para doenças cardiovasculares, câncer e diabetes, em caso de exposição crônica.
  • Cádmio - afeta a capacidade do corpo de metabolizar cálcio, o que leva a dores ósseas e a ossos frágeis e gravemente enfraquecidos. 
  • Cromo - causa irritações de pele e é potencialmente carcinógeno. 
  • Cobre - pode irritar a garganta e os pulmões e afetar os rins, o fígado e outros órgãos. 
  • Chumbo - o envenenamento por chumbo pode causar sérios problemas de saúde, entre os quais redução da capacidade cognitiva e verbal. Em última análise, a exposição ao chumbo pode causar paralisia, coma e morte. 
  • Níquel - em dosagem alta, é carcinógeno.  
  • Prata - provavelmente não faz mal, mas manipulá-la com freqüência pode causar argirismo, uma doença que causa manchas azuladas permanentes na pele.
      Estão pensando que é só isso? Nem é. Aqui vocês podem se informar sobre lixo eletrônico sendo enviado a países subdesenvolvidos. Vejam as imagens e percebam o acúmulo de lixo. De preferência revoltem-se contra isso e passem o restante do curso de Engenharia Elétrica de vocês pensando em como podem melhorar o cenário. 

       Felizmente as pessoas já começaram a refletir sobre isso. Aqui no Brasil há um Projeto de Lei que visa instituir uma política nacional de resíduos sólidos. Em outros países, como a China, Japão e membros da União Européia, já estão aprovando leis que visam aumentar a reutilização e reciclagem do lixo eletrônico. Já é alguma coisa.

       Vejam este vídeo! É bem interessante e ilustra tudo que falamos aqui. 





    Se você quer se aprofundar eu sugiro que comece por aqui e também sugiro que veja o Guia de Eletrônicos Verdes do Greenpeace.



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